Trent Parke e suas fortes luzes e composições
Um estilo bem pronunciado: assim pode-se definir a obra de Parke
Trent Parke (com este ‘E’ mesmo no final) é daqueles fotógrafos que você não demora muito a perceber seu jeito de comunicar-se com suas fotos. Mesmo sendo a fotografia uma linguagem, é fácil fazer um paralelo, em tempos atuais, com uma língua que procura(va) ser universal, como o latim. Porém Parke é daqueles que não sabem apenas falar a língua: ele a domina como um especialista e tem um sotaque, por assim dizer, bastante característico.
Seu ‘sotaque’ passeia tanto por imagens coloridas quanto em preto e branco e tons de cinza, que aliás não são tão presentes quanto em fotos de outros (já as coloridas têm tons meio vintage, mas sem soarem inadequados). Isso porque ele é daqueles fotógrafos adeptos do contraste bastante pronunciado, comumente com altas-luzes estouradas e sombras em negritude total. Mas o modo Parke de mostrar o mundo não é apenas com alto contraste, mas também em composições primorosas e um uso especial das sombras, ora destacando belamente elementos, ora sendo por vezes até de forma curiosa o “plus” da imagem.
Este renomado fotógrafo australiano que faz parte do estrelado time da Magnum bem que poderia ser considerado um ícone na fotografia de rua, já que a maioria de seus cliques foram em ambiente urbano, porém ele não limita-se a fotografar apenas pelas cidades, também produz imagens fora da urbe, fazendo uso de elementos naturais. Em suma, Parke é um fotógrafo que consegue ser singular, mesmo com características que, isoladamente, são comuns. Vejam um pouco de seu talento:
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