
O Sistema de Zonas sem Mitos na Fotografia de Moda, Retrato e Beauty
O que vou ensinar hoje é só para aqueles que gostam da técnica, de ir ao pormenor da fotografia para obterem melhores resultados.
O Sistema de Zonas parece ser muito complexo, difícil de entender e ser posto em prática e “coisa” do tempo da fotografia analógica … mas não é!!!!!!!!! :-)
Na verdade, o sistema de zona é conceitualmente muito simples, porque de certas limitações inerentes ao material fotográfico, analógico ou digital. Outro equívoco sobre o sistema de zona é “não é para ser útil em fotografia a cores ou fotografia digital”.
O Sistema de Zonas está baseado numa escala completa de cinzentos (11 zonas que variam de 0 a 10) e também deve ser aplicado no pensamento técnico de uma boa fotografia a cores.
Quando a cena é uma mistura equilibrada de tons (luzes/sombras), o fotômetro irá obter uma medição confiável, mas não é sempre assim que acontece já que sempre que um grupo dos tons predomina, haverá um desvio que conduzirá inevitavelmente à sobreexpor ou subexpor esta parte da cena. Aqui acontece algo muito comum que é uma certa falta de aprofundamento da questão “o que é exatamente o sistema de zonas” criado por um dos maiores Mestres de sempre na fotografia Black & White, Mr. Ansel Adams (aplausos para ele!).
Isso gera uma certa confusão porque fica a ideia errada de que “uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa” … :-) … mas não é!!
Por isso, resolvi abordar o assunto pelo fato de utilizar já há alguns bons aninhos o Sistema de Zonas em tudo o que faço seja em preto e branco, à cores, exterior, estúdio, moda, beauty, retrato, produtos, arquitetura, etc.
É importante que se diga que a Zona 5 (em destaque) é a base de leitura de todos os fotômetros e equivale ao cartão cinzento 18% que todos ouviram falar mas que poucos utilizam da maneira correta, infelizmente. Quando fazemos a medição das luzes (fotometria), seja pelo visor ou pelo fotómetro/flashmeter, e achamos a combinação correta entre velocidade x abertura, a camera está a “dizer” que estamos na zona 5 do sistema, o que na prática é a leitura média entre as altas luzes (brilhos) e as baixas luzes (sombras) que é como o olho humano funciona mas com muito mais acuidade do que o filme ou o sensor. A partir dai o fotógrafo é quem deve escolher qual será o aspecto pretendido da imagem (contraste, volumetria, brilhos, densidade, etc) alterando para mais ou para menos menos os valores de exposição (EV) na abertura ou velocidade fazendo com que a imagem mude de zona para cima ou para baixo na escala de cinzentos o que também pode ser configurado na função AEB de cameras dslr para 3 variações 0, +1 -1). Na prática, se medir uma parede branca iluminada pelo sol, o fotómetro vai enxergar como um cinza 18%.
O mesmo raciocínio se aplica à uma parede preta nas mesmas condições de iluminação muito superior ou inferior a medida padrão (Zona 5=cartão 18%).
É aqui que o fotógrafo deve estar bastante atento para compensar eventuais desvios e obter uma exposição correta.
É de extrema importância que antes de avançarmos você leia com atenção as definições dos sistemas de medição incorporada na sua camera porque sem isso perde-se a precisão técnica e a acuidade na avaliação:
(FONTE: MANUAL CANON 5DMII)
O sistema de zonas vale igualmente para as cores e um bom exemplo é o que uso em estúdio quando queremos que um fundo branco fique cinzento, ou seja, o tiramos da zona 10 (branco puro 100%) e ao variarmos a potência da iluminação ou a distância colocando numa zona mais baixa do sistema até transformarmos em zona 0 (preto puro 100%).
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