Sebastião Salgado: Arte e política em preto e branco
Estranho seria não se emocionar com os clicks de Sebastião Salgado. O mineiro de 70 anos é considerado o maior fotógrafo vivo da atualidade, não apenas por suas belíssimas imagens, mas por sua coragem e aventuras tão humanas, nas quais mergulha para registrar as realidades do mundo a fora. O ativismo político corre em suas veias e, muitas vezes, as imagens retratam os protestos do fotógrafo que já esteve exilado na França durante a ditadura militar.
Descobriu a fotografia com 29 anos em uma viagem para a África, onde com a câmera fotográfica da esposa, nasceram os primeiros registros do economista. Desde então, Sebastião tem se dedicado à fotografia e feito dela sua arma para lutar pelos direitos humanos, civis, intervenção política e denúncias. Os lugares onde costuma fotografar trazem uma cultura totalmente diferente da que estamos habituados, sendo a biodiversidade um ponto crucial em suas fotografias.
Já esteve na Sibéria, Etiópia, Madagascar, Ilhas Galápagos e muitos outros cantos do mundo que são pouco lembrados. São lugares habitados por homens, mulheres e crianças que vivem em situações que não se descreve com palavras, mas com as imagens de Sebastião Salgado. Lugares onde talvez ninguém esteve antes, não com o mesmo olhar. Podemos perceber a grandeza e sensibilidade das suas fotos com poucas características gritantes: preto e branco e luz.
Imagens: OGlobo, Info Escola e Carta Capital