Quando o hobby pode virar profissão
Hoje em dia, com o advento da internet e como todo mundo tem um celular com câmera digital, registrar os momentos importantes da vida não é tão difícil. Logo, não demorou muito para criarem uma rede social para envio de fotografias, que tem feito muito sucesso. Mas o que é ser fotógrafo, de fato?
Fotografar eventos, paisagens, pessoas etc. é tentar congelar um momento para que se possa recordar dele mais tarde e tentar resgatar a emoção sentida naquele instante. É tentar parar o tempo. Muitas pessoas têm a fotografia como um hobby e uma paixão e pensam em juntar o útil ao agradável, tornando-se fotógrafos profissionais.
Acontece que a sociedade ainda tem uma visão equivocada de que, para ser fotógrafo, é só ter uma câmera mais ou menos e saber ajustar o ângulo. Para entrar na profissão, é preciso estudar, se dedicar, se renovar constantemente. Rogério Von Krüger, fotógrafo de casamentos, descreve os três tipos mais comuns de fotógrafos:
Aquele que fotografa por hobby
“Geralmente é alguém que tem algum emprego em outra área, resolveu comprar uma câmera semiprofissional ou profissional e, nas horas vagas, fotografa coisas que ele acha bacana.”
O fotógrafo amador
“Se parece muito com o primeiro tipo, mas a diferença é que ele pode ser solicitado por conhecidos, amigos e familiares para fazer a cobertura de eventos, por cobrar um preço mais em conta. Não condeno os fotógrafos amadores, mas a preferência por alguém que possa fazer ‘um preço mais camarada’ acaba desvalorizando o trabalho de quem se especializou.”
O profissional
“Por fim, chegamos ao fotógrafo profissional. É importante ressaltar que ele, na maioria das vezes, vive da fotografia e, quando não está trabalhando, está estudando sobre fotografia, se aprimorando e se atualizando nas novidades do mercado. Além disso, ele precisa investir em equipamentos de qualidade.”
Como transformar o hobby em profissão
É importante esclarecer que os fotógrafos profissionais não são contra os amadores, pelo contrário, muitos realizam palestras e contribuem para os cursos de fotografia espalhados por aí. Mas, quem tem o sonho de viver da fotografia, precisa estudar e investir tempo no aprimoramento das técnicas.
Para Rogério, a melhor forma de começar é “Procurando um trabalho de assistente de fotógrafo. Por mais que seja difícil pois contratar um assistente requer confiança, é um ótimo laboratório para quem quer começar e ainda ajuda a investir no seu próprio material de trabalho.”
Se encontre na fotografia
O ramo fotográfico é bem extenso e é preciso delimitar suas preferências. Existem pessoas que especializam em fotojornalismo, outras em casamentos, fotos corporativas e por aí. Obviamente é possível trabalhar um pouco de cada, mas ter um objetivo delimitado ajuda no crescimento do futuro fotógrafo.
Também é importante entender quais são as suas metas profissionais. O mercado de trabalho é bem eclético, basta saber se você prefere trabalhar por conta própria (e aí o espírito empreendedor precisa falar mais alto) ou se você está disposto a ser contratado de alguma empresa, como agências, revistas e jornais. Fora que ainda existe a possibilidade de conciliar os dois.
Estude!
Deixe a preguiça de lado e estude, estude bastante. O primeiro passo para que você deixe de ser amador e se torne profissional é entender que fotografia não é apenas ter um bom olhar e uma câmera, é muito mais: é doação, é entrega e também é estudo.
Muitos cursos são oferecidos por um custo acessível e, às vezes, até gratuitos. Basta ter disciplina e força de vontade. “A fotografia não vai te deixar rico, você não vai receber rios de dinheiro logo nos primeiros trabalhos, mas a satisfação de realizar um serviço bem feito e poder fazer o que gosta já faz tudo valer a pena”, finaliza Von Krüger.