Diagramação de Álbuns – Os Primeiros Passos
A diagramação de álbuns definitivamente entrou para o fluxo de trabalho dos fotógrafos e agregou valor ao álbum.
Nesta série de artigos, vamos compartilhar dicas, truques e algumas regras que visam ajudar a tornar este trabalho melhor, mais eficiente e prazeroso.
Tudo que aqui será compartilhado pode ser utilizado como guia e não como um conjunto de regras absolutas; é inteligente avaliar as ideias propostas, refletir e experimentar o que vai funcionar melhor para cada um. Inclusive, as ideias que serão compartilhadas podem servir de inspiração e delas surgirem ideias melhores e mais compatíveis com o estilo de trabalho e fluxo de cada profissional.
Vamos abordar técnicas, dicas, truques e softwares, a importância e funcionalidade das muitas opções ofertadas atualmente.
Primeiramente é preciso entender que o objetivo da diagramação é contar a história do evento retratado e como toda história precisa ter começo, meio e fim e assim como o álbum, o processo da diagramação também precisa ser organizado e cada etapa respeitada.
O álbum é composto pela capa, contracapa e miolo e o miolo é constituído por começo, meio e fim. Vamos conhecer e aprender mais sobre cada uma destas etapas, sua importância, utilidade e força na visualização do álbum.
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Fotos realizadas, qual a primeira etapa?
Antes de apresentar as fotos para o cliente, é interessante fazer uma pré seleção e já excluir as fotos que eventualmente não ficaram como imaginado na hora do clique e até mesmo aquelas que você simplesmente prefere que não entrem no álbum.
Um ajuste básico nas imagens também se faz necessário, uma vez que fotos fantásticas podem ser ignoradas pelo cliente por estarem sub ou super expostas, por exemplo.
Isso pode ser fácil e rapidamente ajustado, em lote, ou seja, todas as fotos de uma única vez, no software Adobe Lightroom.
Mais adiante, nesta série, vamos apresentar e conhecer melhor diversos softwares que podem facilitar e profissionalizar a diagramação.
E a escolha das Imagens?
Alguns profissionais optam por deixar que o cliente selecione as imagens que vão para o álbum e outros que não abrem mão de fazer esta seleção porém, proponho que se faça a junção destas duas opções e acredito ser o ideal que cliente e fotógrafo trabalhem juntos nesta etapa.
Uma forma bacana de fazer isso é propor, contratualmente, que o fotógrafo tenha direito de escolher uma percentagem das fotos contratadas, ou seja, se o combinado foram 100 fotos o fotografo escolhe 20% e o cliente 80%. Isso garante que tanto o desejo do cliente e o olhar do fotógrafo estejam no álbum.
Além do olhar do fotógrafo aplicado ao álbum é possível inserir momentos deixados de lado pelo cliente e até mesmo preencher “buracos” que se abrem durante a diagramação das lâminas.
Definidas as fotos para o álbum é hora de ajustar foto a foto e fazer o melhor possível por cada uma; nenhuma foto deve entrar no álbum sem ajustes e toda imagem pode ser melhorada, pense nisso sem pré conceitos ou ideias pré concebidas; uma foto ajustada ou manipulada não é menos foto ou tem menos mérito do que aquela que não recebeu nenhum ajuste.
Ajustadas as fotos é hora de organiza-las em ordem cronológica para que seja possível diagrama-las na ordem em que cada fato ocorreu, sem alterar a cronologia do evento. Isso pode parecer banal, mas só quem encontra uma foto do making of da noiva quando já esta diagramando a recepção, sabe o quão desagradável é e o tempo que se perde para inserir a foto “perdida” na diagramação na ordem correta.
Tratadas e em ordem cronológica é hora de começar, de fato, a diagramar as imagens. O ideal é não perder o foco de que a diagramação deve facilitar a visualização das imagens e ajudar a contar uma historia. É saudável que o diagramador não queira mais destaque que o fotógrafo e ambos entendam que um álbum campeão é o resultado do sucesso de ambos, igualmente.
Atualmente muito se fala e propaga a ideia da diagramação clean, mas acredito que a essência deste estilo se perdeu em meio a softwares que limitam a criatividade e ditam, simplesmente, que o estilo clean restringe-se a fotos em janelas num fundo branco, nada mais.
É desanimador ver cada vez mais álbuns com fotos cada vez menores em lâminas brancas cada vez maiores e o uso indiscriminado de templates prontos. Alguns são realmente bonitos, mas é cada vez mais difícil distinguir uns dos outros, já que são todos parecidos, para não dizer idênticos.
Lembre-se de que antes de quebrar regras e desconstruir padrões é preciso conhecer e entender as regras e saber construir padrões. Mais do que simples e meramente fazer algo, é indispensável saber o que se esta fazendo, porque esta fazendo e o impacto de cada ação na diagramação e isso se faz estudando, pesquisando e trabalhando duro.
Assim, aprender e colocar em prática o que se aprende é o que torna possível a evolução do diagramador e ou do fotógrafo que diagrama seus próprios trabalhos.[/mepr-show]
Tag:Álbuns, diagramação