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Não ao Óbvio
“Se você quer que as pessoas prestem atenção à sua fotografia e a apreciem, tem que dar a elas uma razão para ficar olhando por mais do que um breve instante”, Michael Freeman no livro “A Mente do Fotógrafo”.
Como não se tornar um artista pré-fabricado e óbvio com a enorme gama de “facilidades” que temos em nossas mãos?
É só acessar as redes sociais para encontrar mais um conhecido ou amigo que se tornou fotógrafo recentemente. Vivemos em um tempo, que ao contrário de anos atrás, comprar equipamento e virar “fotógrafo” é simples, um tanto quanto barato, e parece que tá na moda. Não tenho absolutamente nada contra a galera que quer ingressar na profissão. Eu mesma ainda sou nova na área, com apenas dois anos de carreira e muito chão pela frente. A questão é: o que eu tenho de novo a oferecer? Entrarei no mercado para ser apenas mais um na multidão? E como trazer novidade em uma área tão saturada?
Impossível responder amplamente estas questões em apenas um artigo. Isso é assunto para longos debates. Mas tentaremos aqui colocar o tema em pauta, nos fazer pensar e quem sabe influenciar atitudes que gerem mudanças.
É importante percebermos que as mesmas facilidades que podem abrir a mente, podem nos tornar profissionais engessados. Um exemplo clássico é a própria internet, que se usada da maneira correta pode agregar novas idéias e conhecimento. Porém se mal utilizada nos leva a copiar idéias prontas e continuar sempre na mesma zona de conforto. Penso eu que como fotógrafos, devemos arriscar mais, voar longe! Buscar inspirações (que sempre serão necessárias) em lugares menos óbvios, como na fotografia cinematográfica; design; grandes fotógrafos da história; e nas cenas do nosso próprio cotidiano.
No processo criativo é fundamental a análise de seus pontos fortes e fracos. Trabalhe em cima dos pontos fortes e de alguma forma busque a inovação. E quando falo em inovação é em todos os aspectos do nosso trabalho, desde o atendimento até a pós-produção. O fotógrafo é um artista, e não deve copiar idéias prontas e tratamento de nenhum outro profissional. Cada artista precisa encontrar seu estilo próprio, ou teremos uma multidão de fotógrafos imitando uns aos outros em um círculo vicioso de “mesmice”.
Leia mais! Revistas sobre o assunto, artigos no Fotografia DG, livros de fotografia; marketing; administração; histórias… etc. Viaje, saia de casa e do comum, fotografe muito e qualquer coisa, e nunca deixe de estudar e investir em conhecimento na área. Nunca vamos saber tudo e sempre temos o que aprender! Enfim, abra a cabeça para novas idéias e aprendizado!
Confie no seu olhar, deixe sua visão te levar por caminhos desconhecidos. Solte a imaginação!
Espero ter fomentado na cabeça de muita gente, a vontade de ir além. De fazer diferente!
Abraço e até o próximo artigo!
Tag:Óbvio