Iluminação Rembrandt
O “Século de Ouro Holandês” foi um período marcado por fortes movimentos artísticos, especialmente voltados para a arte da pintura. O desenvolvimento político, científico, comercial e cultural neerlandês da época influenciou vários artistas, dentre eles Rembrandt Harmenszoon van Rijn.
A primeira fase dos trabalhos de Rembrandt foi influenciada por seu mestre Pieter Lastman, aluno de Caravaggio por mais de 10 anos. Nesta fase, Rembrandt mostra personagens de expressões fortes e carregadas, usando muito contraste nas luzes. Este recurso foi o responsável por conferir a dramaticidade, característica marcante em sua obra.
Já em sua segunda fase, iniciada em 1640, fica clara a influência de uma técnica muito aplicada por Caravaggio: o chiaroscuro. Ela consiste na utilização de forte justaposição entre luzes e sombras, o que fazia com que o clima da pintura se tornasse mais leve, se comparado à primeira fase do artista. Com os personagens mais contemplativos e introspectivos, e com predominância da monocromia dourada, a luz passava a fazer parte do plano espiritual da obra, ou seja, ela não é mais apresentada como um simples elemento de composição. Este é o motivo pelo qual Rembrandt é conhecido hoje como o mestre da luz e sombra.
Na fotografia, a iluminação Rembrandt ou iluminação 45 graus é caracterizada por um pequeno triângulo e um leve escurecimento da pálpebra na face escura do modelo.
A luz principal é comumente posicionada lateralmente, 45 graus, próxima à linha dos olhos. Já a luz de preenchimento é posicionada do lado oposto da luz principal e próximo ao eixo da câmera.
Podemos também substituir a luz de preenchimento por um rebatedor.
Esta iluminação, bem mais dramática, é muito utilizada em homens.
No entanto, precisamos ter um cuidado especial para que o olho do lado sombrio não fique completamente na penumbra.
Muito obrigado a todos.