História da fotografia entre 1900 e 1965 – Parte 4
1900 – Willian Henry Jackson (1843-1942), norte-americano, no fim do século XIX e início do século XX, faz algo mais do que gravar um acontecimento, usa as suas fotografias para persuadir e convencer. Fotografias do oeste americano, da área de Yellowstone e ajudam a persuadir o Congresso a estabelecer o Parque Nacional de Yellowstone. Nesta época, o tempo de exposição é de 1/50 segundos.
1904 – London Daily Mirror é o primeiro jornal a ser ilustrado exclusivamente com fotografias.
1906 – É comercializado o filme pancromático, sensível à luz laranja.
1906 – Os irmãos August e Louis Lumière, apresentam os primeiros filmes para revelação a cores (autochrome), que já não precisavam de uma tripla exposição (não era necessário se bater 3 diferentes chapas da mesma fotografia) através de uma câmara especial.
1920 – Paul Martin, inglês, esconde uma câmara (graças aos avanços tecnológicos dos filmes e das câmaras) numa maleta, e pela primeira vez tira fotografias de pessoas sem que percebam. O resultado é uma naturalidade desconhecida, pois antes as pessoas eram formais.
1925 – Usam-se partículas de magnésio para a iluminação artificial. O resultado deste primitivo Flash é um raio de luz brilhante e uma fumaça ácida. Surge também a famosa Leica, máquina excelente e precursora de todas as câmaras de 35mm.
1928 – Stefan Lorant, através do jornal alemão Berliner Ilustrierte Zeitung, cria o fotojornalismo moderno, sem poses formais.
Surge também a famosa Rolleiflex TLR (reflex de objectivas gémeas), projectada por Franke e Heidecke.
1930 – Stefan Lorant, quando redactor-chefe do Münchener Ilustrierte Presse, cria o “enunciado”, “tratado” de que a câmara deve ser usada como um caderno de notas de um repórter, registando os acontecimentos onde eles ocorram, sem os deter para arrumar a fotografia, sem fazer as conhecidas “poses”.
1930 – Dois norte-americanos, fazem fotografias para expor problemas sociais:
- Jacob Riis (1849-1914), jornalista, usa fotografias para ilustrar histórias sobre as favelas da cidade de Nova Iorque;
- Lewis Hine (1874-1940), sociólogo, fotografa a chegada de imigrantes, o trabalho infantil em fábricas mal iluminadas e em minas de carvão. Este trabalho levou à aprovação de leis proibindo o trabalho de menores. Veicular notícias por meio de fotografias, usualmente com a ajuda de uma explicação escrita ou oral, constitui, a partir desta época, um dos mais importantes meios de comunicação ao alcance do homem. Os assuntos que predominam nas manchetes dos periódicos são os assassinatos e os escândalos.
1930 – Henry Cartier-Bresson foi o fotógrafo que obteve maior sucesso. Cartier utiliza uma câmara em miniatura para captar “momentos decisivos” na vida das pessoas. O seu sucesso no registo de acontecimentos e emoções fugazes influenciou enormemente não só o fotojornalismo, como também introduziu um novo conceito na fotografia artística. A partir de 1930, na Europa e nos Estados Unidos, os críticos especializados consideram três as tendências em fotografia:
- Utilização de grandes câmaras e amplos negativos, com obtenção de cópias ricas em gradações tonais, interpretando de modo mais vivido a realidade;
- Exploração de novos aperfeiçoamentos tecnológicos para fixar o instante mais fugaz e os aspectos mais inusitados e insuspeitados da realidade;
- Invenção de formas abstractas com a existência estática própria.
“Para mim a fotografia consiste num reconhecimento imediato no curso de uma fracção de segundo, tanto o sentido do acontecimento quanto da exacta organização dos volumes que combinarão, expressivamente, o significado da cena. Creio que seja no movimento da vida que a descoberta de si mesmo se efectua, ao passo que se dá a abertura para este mundo envolvente que nos pode modelar, mas que pode igualmente ser influenciado pela nossa personalidade. Trata-se de estabelecer o equilíbrio entre estes dois mundos. É nessa constante interacção que esses mundos acabam por se fundir num mundo novo. É nesse mundo que devemos comunicar” Henry Cartier-Bresson.
1930 – Aparecem os primeiros flashes fotográficos. Nesta época, as câmaras alcançavam a velocidade de 1/100 seg.
1935 – A Kodak lança o primeiro cromo colorido – Kodachrome.
1936 – A Agfa lança o Agfacolor – um distinto sistema de cores para um cromo colorido.
1941 – A Kodak lança o primeiro negativo colorido – Kodacolor.
1939 a 1945 – A Segunda Guerra Mundial, muitos são os avanços na área da fotografia, desde o desenho de novas lentes até o intercâmbio de lentes.
1947 – Surge a câmara de fotografias instantânea, A Polaroid, baseada num processo desenvolvido pelo físico americano Edwin H. Land.
1949 – Surge o Polaroid em preto e branco.
1963 – Surgem o Polaroid em cores e a “Instamatic” de cartucho 126.
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