Flash Manual sem medo de ser feliz!
Olá amigos, meu nome é Diniz Junior.
Comecei minha carreira no Rio de Janeiro em 1994 fotografando ainda em película, pequenos ensaios e mais tarde, na companhia de profissionais mais experientes me consolidei fotógrafo de casamento e ensaios de casais.
Hoje, compartilho experiências que aprendi em mais de mil casamentos dos quais tive a honra de realizar e ensaios que fiz pelo mundo em palestras e exposições, espero poder nessa e em outras matérias, transmitir as verdades dessa arte tão contagiante.
Hoje, falarei sobre uso de flash Manual em ensaios externos.
Apesar de tanta sofisticação nos flashes modernos, fotografar em céu aberto, especialmente em dias ensolarados e fazendo uso dos speedlights nem sempre é tão fácil. Luzes à pino e regiões de altas luzes ao fundo do assunto, criam contrastes que comprometem a harmonia da foto e criam discrepâncias tonais, onde é preciso domínio total desse equipamento para o bom equilíbrio.
Fazer uso do TTL em áreas abertas, nem sempre é uma garantia. Tal sistema, usa como referência toda a área que a sua lente abrange, levando em consideração os ajustes de sua câmera e o ambiente como um todo, calculando assim a relação entre as zonas de altas e baixas luzes. Numa foto onde inclui céu, mar e um casal como modelos, as pessoas passam a ser parte desse cenário e nem sempre são iluminadas de uma forma destacada.
Buscando um resultado mais seguro, uso o flash em manual na maioria das vezes.
Tenho como referência o número guia do meu flash (DIN), que é informado pelo fabricante, onde a potência do relâmpago é dividida pela distância, até obter-se o valor correspondente ao F-stop, usando como base o ISO 100, exemplo: se o número guia for 48, logo você terá uma luz favorável à 3 metros com um F-stop 16. Um diferencial nesse segmento é o uso rádioflash; podendo criar iluminações diversas. Outra vantagem é que nesse sistema de trabalho, transmissores mais simples que não possuem o modo TTL dão conta do trabalho desde que tenham boa faixa de alcance.
Você deve estar achando isso complicado, certo? Mas acredite, com um pouco de prática, você passa a dominar a técnica e se surpreende a cada nova experiência.
Minha dica é selecionar o modo de fotometria pontual, assim você pode medir apenas as luzes do horizonte e deixar o primeiro plano com o flash. Como a maioria das DSLR só permitem velocidade até 1/250 em sincronia com o flash, comece sempre com uma velocidade entre 1/125 ou 1/160, assim terá margem para um segundo ajuste da luz ambiente ao fundo.
Outro conselho é usar um balanço de branco neutro (entre 5200 à 5600k), o que garante a presença de cores reais nas partes iluminadas pelo flash.
Tal recurso foi muito usado no passado, porém continua sendo uma forma muito eficaz de obter boas imagens quando estamos em situação de luz extrema.