Deixe o coração fotografar!
Minha Regra Número Um em fotografia é que VOCÊ NÃO PODE VER TUDO O QUE A LUZ DO MOMENTO REVELA, SE VÊ APENAS O QUE O SEUS OLHOS VÊEM. É PRECISO DEIXAR O CORAÇÃO FOTOGRAFAR – APONTAR O CAMINHO PARA O QUE O SENTIMENTO DIZ!
Para a maioria dos iniciantes na arte fotográfica, o conhecimento técnico e a qualidade do equipamento são fatores determinantes (e de certa forma ampliados em sua importância) no resultado estético de um registro. A ideia é de que câmeras e lentes modernas fazem uma boa foto – a ponto de quando capturamos uma linda imagem… ouvirmos: “Sua Câmera é boa, hein!”.
Porém, para os fotógrafos mais experientes, a grande foto é resultado da observação aguçada do espectador. É mais ou menos assim: 99% inspiração 1% suor… isso porque o bê-a-bá de uma máquina fotográfica, por mais complicado que seja, não está além da compreensão de quem realmente quer se dedicar ao assunto… mas…(mas…) A inspiração e a sensibilidade são o verdadeiro obturador e o diafragma de quem realmente quer ir além do registro fotográfico… quer ir de encontro a arte… e eles devem ser disparados a vida inteira, o tempo todo.
Quem ainda não se arriscou a capturar em foco a realidade conquistada do cotidiano …que atire a primeira pedra! Desde 1826, quando o francês Joseph Nicéphore Niépce produziu a primeira fotografia reconhecida numa placa de estanho – “A Vida em suas Nuances” e a “Fotografia” são irmãs siamesas.
Fotografar vai além do registro: evidencia em paralelo as emoções do espectador e amplia os horizontes do nosso mundo ao revelar cenas em que não se pode mais voltar no tempo – recordações que registram o quanto valeu aquele momento de prazer estético e pessoal.
Fotografar é uma paixão a qual nos entregamos rapidamente… em curto tempo na luz perfeita do olhar aquela cena grafada na paisagem fica cravada no coração… que o digam os viajantes. Como disse Paula Fernandes em sua música “Pássaro de Fogo”… “minha alma viajante, coração independente… Tô a fim dos teus segredos, de tirar o teu sossego, ser bem mais que um amigo” – no fim a paixão sempre insiste em outra trilha, aventura… e a mochila nunca se desarruma, está sempre pronta para o próximo zoom…
Por isso, seja lá qual for a sua companheira, que jamais nega seu clique, não se preocupe com a marca, tampouco com sua resolução – Apenas ouse e desafie o seu olhar…é ele que vai revelar o tempo que não quis parar, mas que nem por isso deixou de lhe acenar com sua luz… com seu sorriso ou sua lágrima… Fotografe e emocione-se!
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