Como proteger suas fotos contra uso não autorizado por IA
Com o avanço inevitável das tecnologias de inteligência artificial (IA) generativa, fotógrafos em todo o mundo se veem obrigados a proteger seus trabalhos contra o uso indevido. Nesse contexto, a luta contra a exploração indevida das imagens por IA se torna extremamente importante tanto para amadores que registram momentos da vida privada como para profissionais experientes em seu trabalho.
O que fazer? Abaixo estão as principais medidas a ser tomadas para defender suas fotos dessa ameaça tecnológica.
1 – Ferramentas de proteção
A prevenção é sempre a melhor estratégia. Portanto, os usuários devem estar atentos tanto ao vazamento de suas imagens, quanto à sua utilização por plataformas de IA. Contra o vazamento, especialistas recomendam evitar o compartilhamento de arquivos por meio de redes desprotegidas, como Wi-Fi público. Se for absolutamente necessário fazê-lo, deve-se adicionar uma camada extra de proteção à conexão, utilizando uma rede virtual privada (VPN). E atenção: se notar que a VPN não conecta corretamente, é preferível não correr o risco.
Em relação à proteção contra a exploração por IA, existem várias soluções inovadoras, como PhotoGuard e Glaze, que são capazes de alterar sutilmente as imagens, tornando-as resistentes à manipulação por IA. Isso preserva a integridade visual das imagens e impede modificações não autorizadas.
2 – Informação e participação na comunidade
Outros passos fundamentais incluem manter-se atualizado sobre os avanços na IA e participar de discussões na comunidade fotográfica para compartilhar ideias e estratégias para proteger trabalhos criativos.
Ao se manterem informados e interagirem ativamente com outros fotógrafos, os usuários podem combater coletivamente as ameaças representadas pela manipulação orientada pela IA, tanto ao compartilharem experiências comuns, quanto ao desenvolverem soluções integradas que não seriam possíveis em nível individual.
3 – Marca d’água
O uso de marca d’água com identificadores exclusivos é uma estratégia adicional que pode reforçar a propriedade das imagens e impedir seu uso não autorizado. Embora a marca d’água não seja capaz de eliminar completamente as alterações baseadas em IA, ela atua como uma barreira visual que oferece um meio de identificar o criador original.
O desafio reside em encontrar o equilíbrio entre a proteção proporcionada pela marca d’água e a apresentação adequada das obras. Nesse sentido, os fotógrafos devem explorar soluções que se integrem harmoniosamente ao seu fluxo de trabalho, garantindo que essas não comprometam a qualidade visual das imagens.
4 – Soluções criptográficas
Especialistas também indicam o uso de protocolos criptográficos emergentes como o C2PA, que codifica informações de proveniência para rastrear as origens do conteúdo. Ao usar a criptografia, os fotógrafos podem incorporar metadados essenciais em suas fotos, aumentando as garantias de autenticidade dos registros.
Decerto, essa tática não é aplicável a todos, cabendo aos usuários investigar a viabilidade da integração de soluções criptográficas ao seu fluxo de trabalho para reforçar a integridade dos seus ativos criativos.
5 – Mais suporte pelas plataformas de mídia
Por fim, é crucial que os usuários também promovam uma postura mais proativa por parte das plataformas de redes sociais e empresas de IA, encorajando-as a implementar mecanismos robustos para proteger a autenticidade das imagens.
A participação desses serviços é fundamental no combate ao uso indevido das imagens, tanto para fins comerciais quanto na criação de deepfakes maliciosos.
Afinal, apenas com a colaboração institucional, somada aos esforços individuais, será possível vencer a ameaça da IA.