Como contar HISTÓRIAS SIMPLES E COERENTES EM FOTOGRAFIAS para vender
Fotografias contam histórias! Você já deve ter ouvido isso alguma vez, mas consegue aplicar na prática da sua produção?
Um escritor pensa na história antes de se pôr a escrever, por exemplo, este texto foi arquitetado para te fazer pensar na história que você conta na fotografia. Antes de começa-lo, eu imaginei uma forma coerente, progressiva e clara de passar a ideia pretendida. Existem muitas formas de transmitir a mesma ideia, a história é o caminho, é a substância que leva ao envolvimento do receptor da informação.
Quando você se propõe a produzir para vender fotografias online, é preciso seguir a linha da linguagem desejada e compreendida na demanda dessa área. Em uma série de artigos sobre o banco de imagem Adobe Stock, eu venho contando histórias para te estimular e ajudar na sua criação de fotografias com potencial de venda. Em outros artigos já falei sobre algumas demandas técnicas, veja os demais artigos nesse link aqui e se inscreva no contributor.stock.adobe.com.
Neste artigo, vou me concentrar em te ajudar na história a ser contada. Muitas fotografias não têm uma história definida, elas simplesmente mostram a imagem de algo, belo ou não, que foi relevante aos olhos do fotógrafo. É claro que isso tem o seu valor, contudo, uma fotografia cujos elementos se comunicam, estimulando e conduzindo o pensamento do público tem alto potencial de sucesso na publicidade. Muitas vezes as fotografias do Adobe Stock são usadas como apoio visual para histórias, afinal, muitas peças publicitárias são histórias. Histórias, estas, que pretendem estimular o consumidor a pensar de determinada maneira sobre um produto ou serviço.
O primeiro passo para contar uma história é pensar nela – falando assim parece óbvio. Contudo, muitos fotógrafos chegam em um ensaio despreparados, a bateria da sua câmera está cheia, mas a sua cabeça está vazia. Nessa hora ele acaba apelando para clichês do seu repertório de conforto ou cria imagens rasas e inexpressivas. Daí a necessidade de pensar, encher a cabeça de ideias antes de tentar encher o cartão de memória da câmera.
É possível para alguém genial, criar uma história fantástica e envolvente em segundos. Mas é ainda mais esperto estudar, se preparar e compor um roteiro base antes de empunhar a câmera. Voltando a história contida nesse artigo, conheci uma locação interessantíssima durante a produção de um vídeo: é um trapiche de pesca muito longo e tranquilo. Com esse elemento em mente e a demanda desse artigo, tive a ideia: Fotografar uma pessoa sentada nesse trapiche, essa fotografia seria linda porque o lugar é lindo por si só, mas isso não basta. Então, com o cenário e a ideia, eu passei ao roteiro – o que essa pessoa está fazendo sentada lá e como vou transmitir essa história?
Sendo fotógrafo, logo pensei que a minha própria história seria um bom ponto de partida. Peguei uma câmera antiga do meu museuzinho particular e, com esse elemento, fiz da modelo sentada uma fotógrafa. Na primeira fotografia a câmera tem um papel tímido e distante – a história não envolve tanto – só juntar atores em um palco não faz um espetáculo, é preciso dirigi-los.
Toda história deve evoluir e a evolução foi uma interação mais elaborada e intrincada dos elementos. O diálogo se estabelece quando a modelo interage com a câmera e a história se conta sozinha: Ela está sentada em um trapiche fotografando, ao fundo está o mar ou lago, com barcos de pesca e montanhas.
Quanto mais elementos dialogando, mais rica sua história. No próximo exemplo, eu acrescentei uma caneca e um livro. O livro não é um romance, ele é um livro técnico, é possível ver as ilustrações que transmitem essa ideia. Então ela está estudando? Quem sabe estudando fotografia, já que ela está com uma câmera?
Percebe o estímulo à imaginação do leitor dessa imagem? E a caneca? Ela tem o papel de transmitir a ideia de que este lugar é fica na casa dela, perto da casa dela ou talvez que seja em um hotel onde ela passa férias. Afinal, qual a chance de alguém sair por aí levando uma caneca para todo lado? Elementos preenchem a história, mas também a afunila. Você está produzindo para venda on-line na Adobe Stock, portanto conte uma história simples que seja completada por quem comprar sua fotografia.
Acima de tudo, ao contar uma história, seja coerente. Existem histórias maravilhosas que fantasiam além dos limites da nossa realidade, mas lembre-se que você está nessa aqui para vender fotografias para publicidade – não pire demais! Para exemplificar isso, eu acrescentei uma panela de pressão a cena. Existe alguma história onde todos esses elementos dialogam em harmonia? Talvez até exista, nossa imaginação é um universo, mas você não venderia uma fotografia assim nem por milagre. A panela de pressão é uma péssima escolha para a história dessa fotografia. Mas para a história desse artigo, ela é perfeita – uma alegoria exagerada que simboliza a incoerência a ser evitada.
Se você entendeu o que acabou de ler é porque eu escolhi uma história com elementos e argumentos dispostos em uma ordem progressiva e coerente, que transmitiu minha ideia inicial estimulando seu pensamento. Se isso aconteceu, eu supri a demanda. Se você não entendeu, talvez minha história tenha sido confusa, difícil de digerir, aceitar e comprar. O mesmo vale para sua produção fotográfica, veja ela com os olhos do público, do leitor e consumidor.
Dessa vez eu gravei em vídeo a produção desses exemplos, é uma forma diferente de contar a mesma história e você pode assisti-la aqui:
Quer vender fotografias online também? Leia os demais artigos, inscreva-se no contributor.stock.adobe.com e deixe as panelas de pressão na cozinha.
Esta publicação é uma parceria com Adobe Stock.
Tag:Adobe Stock, Vender Fotos