Carnaval no DG: a festa dos olhos, por Cristiano Freitas
O Carnaval já passou, mas nós sabemos que as fotos ficam!
Para abrir esta nova série aqui no DG convidei o Cristiano Freitas, conhecido meu de longa data em grupos de fotografia daqui de Pernambuco. Cristiano considera essa grande festa que é o Carnaval não somente como uma ‘festa da carne’, mas também uma festa para os olhos’.
Cristiano nasceu em 1978 em Recife, há quase exatos 40 anos. Trabalha como assessor da diretoria de bens e serviços da UFPE, onde inicia logo mais estudos em curso de Serviço Social, e é separado, tendo dois filhos — Rebecca Yasmim de 14 anos e João Victor de 12. Um papo rápido com ele:
— Como foi o início de seu contato com a fotografia, e o que é ela é hoje para você?
Sempre fui sensível às imagens, o que me tornou um exímio ilustrador desde bem cedo na vida e admirador das produções cinematográficas em geral. Mas apenas depois dos 30 anos de idade que me interessei mais pela fotografia quando um celular Nokia de 2MP veio parar em minhas mãos. Desde então investigo essa forma de expressão e me conecto a ela.
— É a primeira vez que você clica no Carnaval?
Meus cliques de carnaval começaram com as apresentações na Casa da Rabeca, local em Olinda no bairro onde eu morava e ponto de encontro de agremiações de Cavalo Marinho e Maracatu. Desde 2012, sempre que possível, fotografei os festejos. Além desses eventos tenho incluído o carnaval de Nazaré da Mata em meu roteiro pelo segundo ano consecutivo.
— O que é, para você, o Carnaval de Pernambuco? Há diferenças entre as cidades em que fotografou os festejos?
Olinda e Nazaré da Mata no que tange aos encontros de Maracatu são visualmente similares, ao ponto de não ser possível em um primeiro momento saber onde uma foto minha foi tirada… esse meu assunto mais frequente é muito comum em ambas as festas se eu for para o lugar certo com essa intenção especifica.
— Quais os desafios de fotografar esse Carnaval?
Certamente a segurança é o maior desafio hoje em dia, soubemos de fotógrafos amigos assaltados em meio as festividades ou em viagem à cidades do interior. Essa preocupação rouba constantemente nossa energia e interfere no resultado final, infelizmente. No mais recomendo muita água e bons sapatos.
— O que você recomendaria aos leitores que pretendem fotografar nas próximas festas?
Minha principal dica é fotografar o contra-fluxo da festa… enquanto todos estiverem clicando o foco do evento eu asseguro que as melhores imagens estão escondidas em meio ao pessoal que está se preparando ou que já encerrou sua apresentação… é uma forma também de ser um pouco mais original na abordagem do tema!
Quem quiser acompanhar os cliques do Cristiano pode segui-lo no Instagram: @cristiano_mobile