06 câmeras da Photokina tentam definir fotografia de 2015
Nem terminou ainda e a Photokina 2014 já tem câmeras para as quais prestar alguma atenção. Eis uma seleção de seis delas.
por Javier Penalva, em 16/09/14
Terça-feira (16) começou oficialmente a feira Photokina 2014, a mais importante a nível comercial no mundo da fotografia. Porém ainda na segunda-feira (15) tivemos um grande dia de apresentações, várias das quais já viram aqui no DG.
Dos numeroso lançamentos fotográficos, reparem em seis nos quais devem prestar atenção, pois são os verdadeiramente relevantes da edição deste ano, se não houverem mais surpresas. Atenção, porque sua próxima câmera poderá sair desta lista.
Panasonic Lumix LX100: do que mais precisas?
Se tem algo que o melhoramento das capacidades fotográficas dos smartphones (espertofones, pt-PT) fez pelo mundo da fotografia foi que as marcas deixaram há alguns anos a corrida pelos megapixels e a apresentação de câmeras compactas de baixo custo e qualidade discutível.
Não era o caso da Panasonic, especificamente, mas a companhia japonesa é uma das que mais tem investido desde então. A culminação desse afã por manter vivo o espírito das compactas sérias com a Panasonic Lumix LX100, um modelo mais que tentador.
A primeira coisa que deve ser notada nesta nova Lumix LX100 é o seu sensor. É nada mais, nada menos que um micro-quatro terços de 12 megapixels, o que significa que seu tamanho é muito maior que o habitual em compactas, incluindo as de alta categoria. De fato, apesar de ser uma LX, este modelo rompe completamente com o que já se viu até agora nesta linha histórica da marca e supõe um salto qualitativo que deverá ser notado no ruído e nas cenas com pouca luz.
Não estamos falando, vejam bem, de uma compacta de objetivas intercambiáveis, e sim que com ela clica-se sempre com um zoom de 24-75mm com luminosidade f/1.7-2.8. Garante a Leica.
É apreciável também que nesta objetiva conste um anel com o qual controlar a abertura de forma direta se estivermos em modo manual (gravação em formato RAW inclusa). O desenho é sóbrio, porém atraente, e conta com visor eletrônico e tela de 3 polegadas com resolução de quase 1 milhão de pixels. Também temos aqui conectividade WiFi e NFC.
Outro detalhe da potência que a Panasonic quis introduzir nesta Lumix LX100 é a gravação de vídeo, que pode ser 4K (3840×2160 25/30 fps). Esta câmera poderá ser comprada a partir de outubro por 899 euros.
Canon G7 X, um grande sensor em um corpo tentador
Também com o sensor como característica mais destacada, a Canon G7X é a resposta natural da marca japonesa a uma compacta avançada que tem sido referência durante todo um ano: a Sony RX100 III. Agora já tem competência feroz entre as marcas mais conhecidas pelo grande público.
O ponto forte desta Canon G7X é a combinação de um corpo bastante comedido em dimensões com um sensor de tamanho considerável: 1 polegada. A resolução move-se em torno dos 20 megapixels e a sensibilidade máxima pode alcançar o ISO 12.800.
Nesta nova compacta da Canon, o zoom é um 24-100mm f/1.8-2.8 com um anel de controle configurável. Isso significa que poderemos clicar de forma muito satisfatória com o zoom sem temor à luz escassa. Graças ao potente processador Digic 6, com esta compacta poderemos conseguir disparos de até 6,5 fps ou ter um foco de 31 pontos bastante veloz.
A tela não é um problema nesta Canon, e podemos pôr em jogo nossa criatividade em modo de foto ou de vídeo (até Full HD a 30/60p, controle manual de todos parâmetros e estabilização de eixos), graças a sua tela reclinável e tátil de 3 polegadas e com resolução de 1 milhão de pixels. A conectividade também é via WiFi e NFC.
Esta Canon G7X tem sua chegada prevista no mercado no mês de novembro e seu preço foi estabelecido em 700 euros.
Samsung NX1: puro músculo coreano
A Samsung não deve ser considerada uma mera convidada ao mundo da fotografia. Suas NX vêm melhorando com os anos e esta Samsung NX1 é a confirmação de que os coreanos não estão aqui por acaso. Estão por puro músculo.
Prestem atenção aos pontos fortes desta câmera de objetivas intercambiáveis com sensor APS-C, cuja resolução de 28 megapixels já é um fator a considerar para sua compra. Mas a Samsung cuidou com carinho seu corpo, para começar.
Fabricado em liga de magnésio, está selado contra poeira e respingos, resultando num corpo robusto e maciço, mais na linha de uma reflex que de uma sem espelho (mirrorless).
Outra demonstração de poderio está no processador — um DRIMe V de quatro núcleos — capaz de trabalhar com sensibilidades de até ISO 52.100, disparos de 15 fotos por segundo ou controlar os 205 pontos de seu sistema de foco. E os coreanos incluíram nela melhoras bastante chamativas como a que, em teoria, lhe permite fotografar no momento preciso, ao golpear uma bola, por exemplo.
O vídeo é outro aspecto dedicado e esta NX1 pode gravar conteúdo a 2160p. Além do mais, o faz em formato H.265 (HEVC).
E por onde poderemos controlar toda esta potência? Por uma tela SuperAMOLED de 3 polegadas e um milhão de pixels que também é tilt, sem esquecermos do visor eletrônico OLED, também incluso.
Esta NX1 dos coreanos (com WiFi e Bluetooh) não tem, no entanto, prço de saída no mercado oficial, mas tenha em conta que estará, somente o corpo, na faixa das DSLRs de categoria média, precisamente contra as quais deve competir.
Canon 7D mark II e Nikon D750: as reflex seguem seu caminho
Ocorrer um dia reservado à imprensa na Photokina em que tenhamos notícia de apenas uma reflex em condições diz muito sobre onde está o foco para o grosso mercado de consumo e até prosumer.
Se compactas avançadas e câmeras sem espelho conseguiram protagonismo entre usuários avançados, o que dizer dos aficionados de entrada? Esses últimos passaram al largo de comprar uma reflex para levar em todas suas viagens um smartphone na hora de fazer suas fotos de férias. Ou quase.
Esta situação não rende méritos a uma Canon 7D mark II que, apesar de não ser uma ruptura com o modelo a que sucede por baixo da nova aparência, vai longe a ideia de deixar-nos refletindo sobre onde teria lugar para este tipo de produto no mercado atual.
Com um sensor de 20 megapixels e tamanho APS-C, os pontos fortes desta nova reflex para profissionais ou amadores que querem ir um pouco além estão no sistema de foco, com tecnologias herdadas de câmeras superiores, entre elas o sistema Dual Pixel AF e um sistema melhorado de 65 pontos em cruz.
O corpo selado, o GPS ou a sensibilidade máxima de ISO 51.200 (forçada) se unem à tela não inclinável de 3 polegadas com 1 milhão de pixels de resolução, os disparos contínuos a 10 fotos por segundo e a gravaçào de vídeo a 1080p como elementos também destacáveis nesta Canon 7D renovada. Uma grande ausência é a gravação de vídeo 4K, que ao menos deveria estar como opção em um modelo com tais aspirações.
Ideia similar segue a Nikon D750, modelo com sensor de formato completo que tem nos prosumers seu público-alvo.
O ponto forte desta câmera reflex será o novo sensor, que poderá desenvolver-se melhor em cenas complicadas, como as circunstâncias de pouca luz ou com variações dinâmicas muito extensas. Também o foco ágil e personalizável, a tela inclinável ou a conectividade WiFi jogam a seu favor.
Panasonic CM1: un caro experimento
Um híbrido entre smartphone e câmera fotográfica muito compacta é o que nos propões a Panasonic com uma supreeendente — e cara — CM1. Mais outra tentativa de uma companhia que segue provando como entrar na convergência celular-fotografia.
A Panasonic CM1 une vários aspectos interessantes que poderíamos ver em 2015: sensores maiores em smartphones (neste caso, de 1 polegada), um desenho que não nos deixa indiferente (é uma câmera, um telefone? pesa apenas 200g…) e a qualidade das lentes (Leica, neste modelo).
A nível de especificações encontramos um sensor de 20 megapixels, objetiva fixa com abertura f/2.8, gravação de vídeo 4K e um anel de controle que logo veremos se é simples de se utilizar num equipameno tão fino que funcionará com o sistema operacional Android.
O interior e a tela são de um smartphone, contando com 4.7 polegadas, processador de quatro núcleos, memória interna de 16GB (expansível), assim como 2GB de memória RAM.
via Xataka[divider]
E vocês, o que acham? Considerando todas câmeras já anunciadas até agora, inclusive as posteriores à escrita deste texto, quais merecem ser destacadas falando da Photokina 2014?