As 100+ da Time: A raça em fuga
Em trabalho antropológico, Edward Curtis retratou inúmeros indígenas nos EUA. E seu retiro.
Americanos nativos foram a grande perda no intenso avanço ao Oeste nos Estados Unidos. À medida que os colonizadores domesticaram as extensões aparentemente sem limites da jovem nação, eles expulsaram os indígenas de suas terras ancestrais, impelindo-lhes para reservas empobrecidas e forçando a assimilação. Temendo o desaparecimento dos primeiros habitantes da América, Edward S. Curtis buscou documentar variadas tribos para exibi-las como pessoas nobres — “o índio dos velhos tempos, sua roupa, suas cerimônias, sua vida e conduta.”
Por mais de duas décadas Curtis transformou essas fotos e observações na The north american indian, uma crônica em 20 volumes de 80 tribos. Nenhuma das imagens incorporou o projeto tão bem quanto The vanishing race, sua foto de Navajos cavalgando pela distância empoeirada. Para Curtis a foto resumiu a situação difícil dos indígenas, que estavam “passando pela escuridão de um futuro desconhecido.” Infelizmente o trabalho enciclopédico fez mais do que convém ao tema: ele cimentou um estereótipo. Empresas ferroviárias logo seduziu turistas para o oeste com viagens para vislumbrar os últimos de um povo moribundo, e os índios passaram a ser vistos como relíquias de outros tempos, não uma parte integral da sociedade moderna americana. É uma percepção que persiste até os dias atuais.