A magia dos moinhos de vento da Holanda, pelo brasileiro: Gustavo Cabral

Nuvens noctilucentes no céu de Zaanse Schans. São as nuvens mais altas na atmosfera da Terra. Fenômeno atmosférico raro onde cristais de gelo em altitudes elevadas (cerca de 80 km) refletem a luz do sol horas após o crepúsculo.

Gustavo Cabral: o fotógrafo brasileiro que mora na Holanda demonstra através de lindas imagens seu encanto pelo país europeu e os tradicionais moinhos de vento, o fotógrafo mora em Amsterdã desde 2017 já morou por 10 anos na Alemanha, ele é mineiro e nasceu em Santo Antônio do Monte – MG e morou também em São José dos Campos – SP

O mesmo conta que a fotografia se iniciou como um hobby e se transformou em sua segunda profissão, possuindo também sua empresa de fotografia, além da arte com imagens, ele também trabalha como gerente corporativo em uma grande empresa multinacional, possui em seu currículo a formação em engenharia mecânica-aeronáutica e doutorado em tecnologia de produção.

Gustavo conseguiu registrar com perfeição um momento único: a passagem do cometa Neowise.

Gustavo Cabral conta como foi seu primeiro contato com a fotografia

“Comecei a fotografar em 2009, há 12 anos. Tudo começou com uma pequena Nikon DSLR que foi evoluindo rapidamente, junto com a paixão pela arte. Comecei experimentando em diferentes áreas: retratos, macros, fotografia de rua, viagens etc. Aos poucos fui evoluindo e focando cada vez mais em fotografia de paisagens, que é meu principal foco hoje”.

Sobre o projeto fotográfico sobre moinhos na Holanda, Gustavo Cabral diz

“Na minha fotografia tento com frequência retratar a beleza de paisagens, buscando criar imagens representativas de um momento e local, e nada mais representativo da Holanda do que os seus moinhos de vento. Os moinhos são o legado de um passado não muito distante, antes de existir energia elétrica e bombas de água. São uma marca da genialidade do povo holandês, que conquistou 50% do seu território do oceano. A função principal dos moinhos era bombear água dos pôlder (terreno baixo e alagável) de volta para o oceano. Hoje em dia os moinhos são patrimônio histórico e cultural, alguns são até considerados patrimônios da humanidade pela Unesco, como o Kinderdijk. Esteticamente, os moinhos se encaixam muito bem nas paisagens planas e monótonas da Holanda, quebrando o padrão. Eles também representam uma mistura perfeita da harmonia entre o homem e a natureza”.

Gustavo Cabral comenta sobre sua de inspiração

“A maior inspiração vem da natureza. Procuro com o meu trabalho retratar a beleza de cada estação e local, criando imagens que representam a paisagem sob a melhor luz possível. Com isso dito, a fotografia de paisagem ainda é um nicho no mundo e a comunidade de artistas é um tanto quanto reduzida. Tenho muito contato com outros artistas. e também busco inspiração em seus trabalhos”.

As fotografias são como obras de arte, e desperta em todos um sentimento de completude, algo positivo que remete ao universo, a natureza e a vida, as fotos lembram também a tradição do país onde, é muito difícil de pensar em Holanda sem lembrar dos tradicionais moinhos de vento, as fotos de Gustavo Cabral perpetuam isso, externalizam locais para a vida toda, e por um olhar bem apurado de um brasileiro que veio de outro lado do mundo. São locais lindos que despertam em todos não apenas o desejo de admiração, mas a vontade de estar ali, pertinho, observando e contemplando.

E para finalizar Gustavo Cabral deixa sua reflexão

“A fotografia me levou a lugares incríveis e me deu a oportunidade de conhecer muita gente interessante. Foram muitas experiências inesquecíveis que se eternizaram em imagens. Muitas aventuras captando a beleza do mundo por trás de uma lente. O momento que vivemos é difícil para todos. Contato social está reduzido e viajar ficou em segundo plano, mas isso não quer dizer que não se possa fazer fotos incríveis sem ter que ir longe de casa e de maneira responsável. Temos agora a oportunidade de explorar e redescobrir a beleza perto de onde vivemos, porque a beleza está em todo lugar. Use a imaginação e deixe a sua inspiração fluir além do que se vê”.

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