Profissão Fotógrafo: Sucesso Financeiro
Olá Galera do DG, olha eu aqui outra vez!
Eu espero encontrar todos vocês bem!
No meu último artigo nós falamos sobre produtos que podemos agregar em nosso trabalho aumentando a oferta para o cliente bem como o volume financeiro.
A palavra financeiro é quase um palavrão para quem precisa captar cliente, fotografar, editar, diagramar entregar e sorrir, não é mesmo?
Muito além de falarmos de números, eu quero falar de cada etapa que passei para chegar há algumas conclusões.
Como eu sempre conto para vocês como fiz no meu inicio esse artigo não será diferente, vou contar tudo, em detalhes.
Podemos considerar 5 passos para o sucesso financeiro:
1 – Campo de atuação
Eu considero esse item como primordial!
Sabe aquela história de quem faz tudo não faz nada? É exatamente isso…
Quando nós definimos o nosso campo de atuação, conseguimos focar nossos objetivos, desenvolver novas habilidades e nos aperfeiçoar naquele tipo de fotografia.
Todos sabemos que os investimentos em nossa área, tanto nos equipamentos como nos cursos e workshops, são elevados. Então imagina o fotografo que quer agir em todos os campos? Será que vai conseguir investir naquele WS ou equipamento top, já que são muitas as suas áreas de atuação?
No meu inicio eu fazia tudo… até velório se tivesse chance… rs
Eu queria era fotografar e ter retorno financeiro a qualquer custo…
Até o dia que eu fotografei um aniversário de 15 anos, os pais deixavam os adolescentes e iam embora. Na casa alugada para a festa éramos em 10 adultos: eu, os pais, avós e as pessoas do Buffet.
Os adolescentes: uns 50 que pareciam 100!
Vocês se lembram do filme dos Gremlins? Entreguei minha idade agora né? Tudo bem, vocês descobririam mais cedo ou mais tarde!
Enfim, os adolescentes pareciam os Gremlins, que quando molhados ou alimentados viravam aqueles monstrinhos baderneiros, e claro que a casa tinha uma piscina!
E as músicas? Se é que podemos chamar aquilo de música… senti vergonha alheia por diversas vezes.
Em alguns momentos formulei um mal súbito dentro da minha mente para poder ir embora daquele lugar… mas claro que não fui, enfrentei os Gremlins até o final.
Depois disso fotografei um casamento pequeno de civil… até o buquê da noiva tive que ir buscar porque a Kombi da decoração, onde estava o buquê, havia quebrado e sem buquê não tinha casamento.
Enfim: entendi nesses momentos que o “valor financeiro” era irrelevante diante daquele tipo de trabalho, e o principal: eu não tinha prazer fazendo aquele tipo de foto!
Daí para frente pesquisei muito sobre os estilos fotográficos e depois de alguns ajustes decidi que fotografaria famílias, bebês e crianças e tudo passou a ter sentido.
Ainda não falei de valores, mas calma que eu chego lá!
2 – Estudar
Depois que decidi o meu campo de atuação eu percebi que eu não tinha um conhecimento muito profundo das fotos que eu queria fazer.
Fui estudar!
Fiz cursos, WS, participei de Congressos, fiz testes, trabalhei muito e consegui deixar o meu trabalho como eu gostaria de apresenta-lo e a partir daí conseguir vende-lo!
Quando você domina determinado assunto você também sente mais confiança e segurança para falar, para vender e para entregar.
Essa confiança passa credibilidade para o cliente, ele percebe que você conhece e entende do que faz e sabe que o que está vendendo é realmente o que será entregue.
3 – Concorrência
Depois que você decidiu seu campo de atuação, estudou e se aprimorou é hora de avaliar a concorrência.
Veja bem, não estou dizendo para você julgar ou questionar o trabalho de alguém, não é isso.
Avaliar a concorrência é saber quais as diversidades de produtos e serviços oferecidos dentro do campo de seu campo de atuação. O respeito é fundamental para uma concorrência sadia.
O valor está intimamente ligado à entrega, ou seja: o cliente vai pagar o que você está pedindo se achar que o que está entregando tem esse valor.
Por isso que uns fotógrafos vendem mais que outros.
Há clientes para todos os tipos de fotografia, alguns exemplos: o que quer preço, o que quer fama (do fotógrafo), o que quer qualidade, o que quer tudo mas, não quer pagar nada e o que paga o que você quiser se gostar do seu trabalho.
Com qual deles você quer trabalhar? Essa é a resposta que pode mudar sua vida profissional…
4 – Minha primeira Planilha
Vamos finalmente falar de composição de valores!
Depois que eu entendi tudo que falei acima, comecei a rever meus valores e percebi que precisava de alguns ajustes.
Eu não acho justo (mas essa é a minha opinião) cobrar do cliente por um número x de fotos, eu cobro por tempo contratado e meu mínimo é de 02 horas para ensaios (exceto newborn) e de 03 horas para festas, batismos, e outros eventos.
Nessa fase eu “montava” minha planilha como o modelo abaixo:
IMPORTANTE: todos os valores são fictícios e a planilha é alterada de acordo com as necessidades do cliente, ou seja, de acordo com o que ele vai contratar.
Durante um bom tempo eu fiz meus cálculos de como cobrar meu cliente assim.
Sempre fiquei “antenada” nas novidades do mercado para atualizar o processo e acima de tudo procurava entender as necessidades do meu cliente para cobrar um valor justo e compatível com a entrega.
Para exemplificar, os valores da planilha foram baseados nas informações abaixo:
- ensaio gestante com duração de 2 horas
- edição de imagem (deve ser contemplado dentro do valor do serviço principal)
- ensaio em locação externa (parque)
- material entregue em DVD
Confesso que nunca fiquei no “prejuízo” usando o meu método próprio de calcular os valores, mas o inconveniente disso é que eu nunca lucrava o que achava que lucraria, porque claro faltava algumas despesas a serem contempladas nessa planilha.
Foi aí que conheci o curso do Alex Mantesso, esse foi o artigo que já escrevi para vocês: https://www.fotografia-dg.com/workshop-5-pilares-do-sucesso-na-fotografia/ recomendo que leiam para complementar o que estamos falando aqui.
A partir consegui complementar o que me faltava e a ter os resultados que eu esperava.
5 – A planilha atual
Como eu contei para vocês naquele artigo anterior eu também tive que refazer os meus processos e com isso tenho mais segurança e autonomia para elaborar minhas propostas.
Continuo “antenada” no mercado, mas hoje entendo os meus custos.
Olha como é minha planilha hoje:
- precisamos detalhar todas as despesas, fixas, variáveis, valor de investimento, educação, equipamento e tudo o mais que contempla o seu negócio;
- lançamos as informações nas “partes” da planilha para que ela (que já é programada) nos ajude a visualizar nossos custos reais;
- feito isso temos um “resumo” de nossas despesas e investimentos a cada trabalho feito e assim conseguimos entender quantos trabalhos de cada modalidade precisamos fazer para ter o lucro desejado no final do mês.
Essa planilha também nos permite saber qual o trabalho que nos dá o melhor lucro e maior margem para negociação, seja com o cliente seja com os fornecedores parceiros.
IMPORTANTE: a planilha é cedida pelo Alex Mantesso para aquelas pessoas que participam do WS 5 Pilares do Sucesso na Fotografia e ele gentilmente me autorizou usa-las parcialmente para ilustrar e colaborar com vocês e por esse motivo não devemos utiliza-la de forma indevida, combinado?
Vale ressaltar novamente que todos os valores utilizados são fictícios e vocês precisam saber exatamente que caminhos seguirão na fotografia.
Enfim, viver da fotografia vai muito além do click da máquina, da luz perfeita ou da cena perfeita.
Claro que tudo isso nos deixa feliz, mas essa felicidade precisa ser remunerada concordam?
Espero mais uma vez ter inspirado vocês a continuarem o caminho!
Sempre falo que com coragem e determinação podemos chegar lá!
Creia e siga seus sonhos, você pode!
No próximo artigo falaremos de negociação e proposta para o cliente!
Um grande abraço e até breve!