Profissão Fotógrafo: como tudo começou!
Olá, sou a Dani :-)
Todos nós recebemos um nome quando nascemos e com ele somos reconhecidos pelos nossos pais, familiares e amigos. Uns me chamam de Dani, outros de Lela (meu apelido em família) e quando alguém me chama de Daniela, eu sinto como se tivesse feito algo de errado.
Hoje, na minha profissão, eu sou conhecida como Dani Carreira, a fotógrafa! Esse foi o nome que escolhi para representar o meu trabalho…
Legal ser reconhecida assim, não é? E como foi que consegui essa façanha? Bem, quero primeiro contar para vocês que ficaremos juntos no decorrer deste ano de 2017!
Um grande desafio que quero cumprir com dedicação e assim poder colaborar com os meus colegas de profissão aquilo que não tive quando comecei: a verdade!
Nos próximos meses, quero dividir com vocês as minhas experiências: como fiz? O que deu certo e o que deu errado?
Quero falar a verdade, somente a verdade, nada mais que a verdade…
E com isso minha singela intenção é desmistificar o mundo da fotografia para o fotógrafo iniciante… Quero escrever sobre minha experiência nesses quase 5 anos como profissional da área.
É claro que não tenho a pretensão de ensinar formulas mágicas, receitas prontas. O que quero é inspirar os apaixonados por fotografia (e também aqueles que têm medo de arriscar) que é possível, sim, fazer o que se ama e ganhar dinheiro com isso. Veja, não é fácil e nem se ganha fortunas, mas, para os amantes da arte, o fato de viver por meio do trabalho que se ama já é um sucesso!
Embarca comigo? Sou Daniela, tenho 38 anos, sou casada e mãe de um lindo menino. Formada em Administração de Empresas, terapeuta corporal e fotógrafa!
Sempre amei fotografar e comecei aos meus 13 anos de idade com uma maquininha de rolo de filme que ganhei numa rifa! Porém, como a sociedade dizia (e ainda diz) que ser fotógrafo não é profissão, fui para a faculdade e me formei em Administração de Empresas.
Migrei para a área corporativa de uma multinacional e lá fui me especializando na área tributária…
Os meus cliques? Sempre fazendo de forma informal…
Atuei em algumas empresas até que 10 anos depois (isso numa única empresa, mas depois de 18 anos em outras empresas) levei o famoso “pé na b…” e você pode pensar assim: “ Ah que injustiça, depois de todos esses anos dedicados”.
Que nada, falei bem assim para meu marido: “vou ser fotógrafa! Tenho equipamento (é verdade, já tinha), já fiz os cursos (também é verdade) e agora vou dedicar o meu tempo para fotografar!” E meu marido me olhou com aquela cara de feliz (sqn) e disse: “tudo bem, se é o que quer…” Combinamos então, eu e o Arnaldo (maridão), que, se em seis meses, eu não ganhasse nem um real com a fotografia que eu voltaria a procurar emprego.
Isso me motivou (na verdade eu queria provar que podia) e também estava morrendo de medo de me jogar no mundo dos cliques e correr atrás, pra valer.
Eu não tinha ideia de por onde começar e fui procurar ajuda com o meu melhor amigo. Troquei uma ideia com Deus para me ajudar a prosseguir, porque naquele momento era questão de honra conseguir…
O que eu fiz?
Vou contar tudinho para vocês só não será tudo de uma vez, se não vocês cansariam de mim rapidinho porque eu falo (escrevo) pra caramba!
Isso tudo que relatei aconteceu no mês de outubro/2012 e estava eu lá conversando com Deus, sem rumo, com a máquina na mão e o Google aberto, pesquisando sobre o que o mercado estava oferecendo. De repente veio aquele “estalo”: fotos de Natal, isso mesmo fotos de Natal. “Mas onde?” Foi o que me perguntei e veio o segundo “estalo”: nas escolas infantis.
O detalhe aqui é que eu não tinha sequer digitado Natal no Google.
Foi então que eu liguei para a diretora da escolinha onde meu filho Nicolas estudava, com a cara e a coragem (que era bem pouca). Lembro exatamente como foi a conversa:
– “Olá, tudo bem? Então,eu sou fotógrafa (eu precisava acreditar nisso) e estou desenvolvendo (não sabia nem por onde começar) um projeto de fotografia de Natal para escolas, o que você acha?”
E ela me responde: “ Nossa! Que legal, não sabia que você era fotógrafa!” (cricri..cricri…)
E eu: “sim, sou, só não estava atuando no mercado…” E ela: “ Você tem as roupas? E você faz a foto aqui na escola mesmo? E você vai entregar como, no porta retrato?”.
Nessa hora a minha cabeça rodou, eu não tinha pensado em absolutamente nada disso. Falei que providenciaria tudo se ela me desse a oportunidade… e não é que ela deu? Medo? Tive muito, mas não desisti e não deixei meu medo me impedir.
Em dois dias (sim, dois dias) achei costureira, fui na 25 de março comprar os tecidos e materiais, achei fornecedor de molduras, tirei 4582 fotos do meu filho para treinar e no grande dia estava eu lá na escola, como Dani Carreira, a fotógrafa, no meu primeiro trabalho remunerado.
Ah… aquilo me encheu de alegria, quando os pais começaram a pedir cópias extras, era janeiro e eu ainda estava imprimindo fotos de Natal…
Aí, olha o que aconteceu: a dona da escola tem duas filhas e uma delas, a mais nova, ia fazer aniversário em novembro/12… e ela gostou tanto do resultado que tivemos na escola, que me pediu para fotografar o aniversário da filha que seria dali uns 10 dias. Pensa no meu coração… Ah… e no meu estômago também… e eu fui! Com medo, dor de barriga, sem dormir (do dia que ela pediu até o dia da festa eu não dormi) e encarei o monstro da fotografia. Saí da batalha vitoriosa e me sentindo forte. Tive a certeza de que era o que queria fazer para sempre.
Depois disso eu já fiz 3 festas de aniversário, 1 batizado e já fotografei alguns amigos aos quais fui indicada! Tudo fruto de uma mesma cliente. Fotografo os eventos de Natal da escola até hoje.
O que eu quero com toda essa história?
Falar-lhes que em todas as profissões existe o começo. Que em todas elas não se acerta em tudo de cara. Que se você não tiver coragem, amor e não se arriscar você não vai alcançar o que deseja. O essencial é ter respeito pelo que faz e com as pessoas a quem vai atender. A verdade sempre deve estar em primeiro lugar!
O nosso medo não pode ser maior que os nossos sonhos! O medo é um sentimento importante, que faz você pensar antes de agir, mas não pode te paralisar.
Até hoje tenho medo! Até hoje tenho desafios e até hoje tenho que aprender sobre fotografia!
Veja bem: minha intenção não é falar para vocês sobre técnicas, composição, luz, equipamento, etc. Eu quero falar de experiências, histórias reais que aconteceram comigo, vocês verão que todos passamos por situações semelhantes e que essas situações são inerentes ao seu conhecimento técnico e seu olhar fotográfico.
Tudo o que falei é importante, não deixem de estudar e de aprimorar, porque isso também traz segurança, mas eu cansei de ouvir assim: “nossa essa máquina é muito boa, faz fotos incríveis.” No início eu ficava brava e até chateada, hoje nem ligo, porque eu sei que a fotografia está muito além de técnicas e equipamentos.
O saber lidar com cada tipo de cliente, com cada expectativa, está acima da técnica.
Não adianta ser fera em técnica e ter uma 5D Mark III (meu sonho de consumo) e não saber vender seu serviço.
A identificação com a área da fotografia é importante, para que se encontrem sintonia e prazer nos registros. Não adianta fotografar crianças sendo que você ama fotografar casamentos.
É disso que quero falar: de paixão pelo que se faz e situações reais do cotidiano.
No próximo texto vou falar de como comecei a minha identidade visual: meu site, meu cartão de visitas, etc…
Vamos comigo?
Mande suas dúvidas, suas sugestões, no que eu puder ajudar tenha certeza que farei!
Até o próximo mês! ;-)