Fotografia de Paisagem: O que você deve saber antes de viajar
Quando você vai viajar para algum lugar fantástico em contato com a natureza, não há nada como tirar belas fotos, certo? Perfeito. Mas, é um pouco frustrante quando chegamos em casa e vemos as paisagens que capturamos e não sentimos aquela mesma vibração do local, do guia de viagens, ou das fotos dos outros colegas.
Então, como evitar essa sensação chata? Tirando melhores fotos, é claro! Não se preocupe, apenas fique connosco. O primeiro passo para se tornar um fotógrafo de paisagens de mão cheia, é seguir essas dicas, das quais você não vai se arrepender:
Fotografe RAW
Se você realmente quer um resultado impressionante, comece a usar o formato RAW na sua câmera. Não fique chorando pelo espaço ocupado no SD. Leve alguns cards com você, é barato. O formato RAW possibilita a você “revelar” a foto em casa, aproveitando toda a informação e alcance dinâmico captado pelo sensor da câmera. Você pode manipular mais facilmente as cores, exposição, e outras variáveis do que utilizando o famoso formato .JPEG.
Atenção para a composição
Composição é fundamental na fotografia de paisagem. Preste bastante atenção na clássica “Regra dos Terços” e no assunto da sua foto. Não tente fotografar uma grande paisagem relegando seu tema principal para um segundo plano. Escolha o assunto, e use a paisagem para compor, como um pano de fundo de luxo. Se o céu e as montanhas estão fabulosos dou pouca atenção para o chão, colocando-o em menor destaque. Caso o solo esteja chamando mais atenção, coloco o céu no terço superior horizontal. Seja criativo e use os elementos do seu quadro ao seu favor. Lembre-se que a boa fotografia também retrata de forma diferente e exótica.
Capela em Wanaka, Nova Zelândia, por Luiz Carlos Junior, todos os direitos reservados.
Chegue mais perto
Aproxime-se do seu assunto. Mesmo nas fotos de paisagem é interessante que você preencha o quadro de forma inteligente. Quando você coloca muita informação na sua foto, ou o assunto fica muito pequeno, pode dar uma impressão de que sua foto não ficou boa, ou profissional. Há formas interessantes de deixar seu assunto menor apenas com as silhuetas, usando minimalismo e outras técnicas, mas o objetivo é sempre favorecer a composição, aguçando a curiosidade e conduzindo os olhos do observador através da foto.
Rota 66, Seligman, por Luiz Carlos Junior, todos os direitos reservados.
A famosa hora dourada
As fotos tendem a ser mais belas durante esse horário mágico (após o nascer do sol e antes do pôr do sol) por conta das luzes suaves, cores e sombras. Planeje-se para estar no lugar certo, na hora certa. Nada como aquela foto da Torre Eiffel com o céu rajado, como se estivesse em chamas, ou daquela montanha que fica com o topo iluminado apenas no crepúsculo. Lembrem-se: também há oportunidades durante as outras horas. As vezes não há possibilidade de estar lá naquele momento, e tudo que você tem é uma luz dura. Sendo assim, uma dica que dou é: subexpor é sempre melhor do que superexpor. No pós-processamento é bem mais fácil dar vida à uma foto mais escura do que uma excessivamente clara.
Pôr do sol em Búzios, por Luiz Carlos Junior, todos os direitos reservados.
Grande profundidade de campo e lente grande angular
A profundidade de campo é um componente importante para as fotografias de paisagem. Quanto menor a abertura configurada (f/11, f/22), mais precisão você vai conseguir na imagem de elementos da sua paisagem. Para um panorama maior, também é legal usar uma lente grande angular. 24mm, 18mm, são distâncias focais bastante utilizadas nas imagens de paisagens. Tente combinações levando em conta essas dicas e utilize um tripé para ajudar, caso precise balancear a luz com uma exposição mais longa.
Se você ficou na dúvida de algum ponto, tenho um vídeo bem legal que fala sobre o assunto, de forma didática e divertida.
Um grande abraço, e boas fotos!