Arte na Fotografia – Para entender um pouco sobre o começo da fotografia como arte
“Fotografia e as Artes
Nas décadas que se seguiam à divulgação da invenção da fotografia por parte de Louis-Jacques-Mandé Daguerre (1787-1851) e Willian Henry Fox Talbot (1800-1877), debates sobre o fato de a fotografia ser uma arte ou uma ciência se davam em vários contextos. Em 1857, por exemplo, fotografias foram exibidas na Exposição de Tesouros Artísticos de Manchester, uma mostra dedicada às belas-artes e às artes decorativas. Em 1862, os organizadores da Exposição Internacional de Londres declararam que não exibiriam fotografias juntamente com as obras de arte como pinturas e esculturas, mas na sessão dedicada a equipamentos mecânicos. Quando a comunidade fotográfica protestou, decidiu-se que elas seriam apresentadas na sessão de “outros trabalhos”, evitando assim qualquer tipo de classificação. Apesar da dificuldade de se chegar a um consenso – legal ou não – quanto à questão da validade da fotografia como arte, tentativas de afirmar o status artístico da mídia eram ao mesmo tempo extensivas e ambiciosas. Muitos críticos consideravam que a fotografia não era e jamais poderia ser uma arte por conta do seu processo mecânico. Outros argumentavam que a câmera era, como um pincel, apenas uma das várias ferramentas disponíveis para a produção artística. Fotógrafos que defendiam esse ponto de vista voltavam suas câmeras para temas pictóricos, como paisagens e ruínas, aplicando regras consagradas de composição artística e iluminação.
1858 – A exposição da Photographic Society é inaugurada no Shout Kensington Museum em Londres; é a primeira exposição do gênero a ser realizada em um museu.
1874 – A primeira exposição impressionista é realizada em Paris no antigo estúdio fotográfico Gaspard-Félix Tournachon (também conhecido como Nadar, 1820-1910).
1888 – George Eastman produz a primeira câmera Kodak. A fotografia popular estimula sua prática como forma de arte.” (Tudo Sobre Fotografia – Ed. Geral – 2012)
Nos Dias Atuais
Com o avanço da tecnologia, podemos observar o quanto a arte na fotografia vem sendo descartada a partir do leque de manipulação de imagens que hoje temos em mãos. É por meio de programas avançados que, até então não existiam na época dos filmes fotográficos, que infelizmente muitos dos autointitulados “fotógrafos” se acomodam no tempo de preparar a câmera até o seu alvo, já com a ideia fixa e errônea de sempre poder corrigir certas imperfeições da imagem na pós-produção.
Os programas de edição são sim eficazes quando forem realmente necessários, mas devemos ter em mente que fazer uma fotografia vai muito além de um clique, edição e tratamento. É preciso ter um olhar fundamental em direção ao seu alvo; saber enxergar e interpretar o que ele nos oferece para capturar a melhor qualidade da imagem na hora de apertar o botão do disparador. Programas de edição não farão uma boa fotografia, mas o conhecimento associado ao verdadeiro olhar fotográfico trará uma peculiaridade nos resultados finais.
A fotografia nasce na mente, passa pelo olhar e pela câmera e só depois então, quando tudo estiver harmonizado, aperta-se o botão para registrar toda a qualidade fotográfica esboçada.
Veja nos exemplos como é possível alcançar uma ótima qualidade fotográfica quando não há uma fixação excessiva na pós-produção.
Todas as imagens abaixo não possuem qualquer tipo de tratamento e todas elas contêm as informações EXIF.
Agora com as imagens devidamente registradas, teremos uma infinidade de opções de edição e tratamento, visto que a captura já conta com uma qualidade fotográfica muito satisfatória.
Não há necessidade de gastar tempo editando e tratando as imagens, quando há experiência e conhecimento no clique. Espero ter colaborado.
Abraço e até a próxima.
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