Técnicas de Fotografia Noturna
Long exposure noise reduction
“VELOCIDADES LONGAS E MÉDIAS EM COMPARAÇÃO”
Meus amigos fotodgnianos, como estão?!!!! Tudo em cima??!
Aproveitando cada 1/8000 s da vida como deve ser??! :-)
Tenho conversado bastante com o Diogo Guerreiro sobre quais são os assuntos que a galera mais tem interesse e a fotografia noturna tá sempre no podium. No post anterior, falei sobre Moda e Fotografia Noturna dando todas as dicas.
Para este mês, resolvi abordar outros tópicos importantes sobre a Fotografia Noturna, mas numa vertente mais visual … ou seja … eu sai fotografando durante alguns dias EXCLUSIVAMENTE para poder mostrar o resultado aqui para Vocês!!! :-)
Uma das maiores dificuldades para fotografias noturnas é saber qual o WB (Balanço de Brancos) utilizar … AUTO??? CUSTOM??? SHADE??? … :-S
Vamos começar por resolver isso então … e dai seguimos em frente!
A minha experiência profissional demonstra que o melhor é ser ágil e depois acertar facilmente no Camera Raw do Photoshop CS6.
Se você não tem uma câmera que tenha a opção Raw, pode usufruir da funcionalidade que permite abrir uma o JPEG no Camera Raw e a partir dele tentar tratar a tua foto com carinho.
Mas, sinceramente, este tutorial tá mais prá quem já anda de braço dado com o Raw!
Pensando na grande maioria que não possue full frame, eu peguei na minha velha companheira “vintage” 20D, com seus 8,2 megapixels, em RAW, modo Manual pois eu queria controlar as exposições com precisão.
Apoiei a câmera no parapeito da varanda, ajoelhei, observei o visor, e vi que ali eu poderia ter várias versões da mesma imagem para poder mostrar e fazer comparações visuais e imediatas para facilitar a vida aqui dos meus seguidores. Isso porque poderia fotografar ao nascer do Sol quando o brilho do céu traz a alta luz e, também, durante a noite quando a coisa se inverte já que o céu vira sombra e a rua é que brilha. (sou muito bonzinho mesmo!).
É importante informar que as lentes que usei são aquelas que todo mundo diz que são uma m**** mas não é verdade, desde que seja captado em RAW, lógico! ;-)
Então vamos lá!!
- Primeiro usei o AUTO WB para entender como a camera pensava;
- Segundo, coloquei a medição da luz em Matricial para poder ter uma média mais exata entre luz e sombra;
- Terceiro, aproveitei para experimentar a função “noise reduction for long exposures” para comparar entre a que foi feita com 4 segundos e a outra com 30 segundos.
O que a cÂmera viu em 4 segundos!
Eu gostei muito do resultado que mistura temperaturas de cor complementares e trazem equilíbrio. Aqui eu usei a maior abertura da lente original 18-55mm que é 3.5 em 18mm de distância focal e a velocidade ideal foi de 4 segundos para testar os extremos.
Dai resolvi usar o extremo oposto disponível no dial de velocidades e configurei para 30 segundos de exposição e diafragma entre 13 e 16 e deu nisso:
O que a câmera viu em 30 segundos!
Quero desafiar a galera aqui a dizer qual a diferença imediata entre as duas??? :-)
Vou dizer aqui as que eu vejo … de repente, você enxerga outras e eu aprendo!
- Primeiro … cria um efeito “estrela de 6 pontas” em todas as fontes de luz pontuais … :-)
- Segundo … acumula um pouco mais de luz no asfalto … :-)
- Terceiro … que não houve diferença notável na profundidade de campo … :-)
- Quarto … há sombras com mais detalhe … :-)
- Quinto … que a função “noise reduction for long exposure” ajuda na nitidez geral … :-)
Legal, né??!
Então …
Mas achei que o WB tava meio forçado puxando um pouco para o Vermelho e refiz o Balanço de Brancos manualmente, e deu nisso, muiiiiiiiiiiiiiiiiiito mais realista:
O que eu e a câmera não vimos da mesma forma!
Dai eu comecei a curtir a ideia geral com essa cena constante e resolvi explorar várias situações de luz e deu nisso:
O que a câmera viu em 4 segundos!
Dai, tipo, não gostei muito, desta porque faltam detalhes nas altas luzes, midtones e sombras muito fechadas.
… masssssssssssss … adivinhe o que eu vou dizer … “-Fiz em RAW … e por isso consigo isso!
E que diferença, nem parece a mesma foto!!!!
O que a Camera Raw corrigiu!
A grande vantagem de clicar em RAW é que as informações das zonas dos polos do Sistema de Zonas estão guardadas dentro dele e assim podemos recuperar as sombras que ficam com mais detalhe (principalmente no lado esquerdo onde há os prédios lááááá no segundo plano) e, também, a zona de alto brilho (repare nas nuvens ao redor da Lua e no céu).
A partir dai, resolvi fazer eu mesmo o White Balance prá ver quem ganhava … o homem ou a máquina :-)
Nesse caso, notei uma presença de cyan que “matava” os vermelhos todos já que são cores complementares e dei um jeito nisso no Color Balance do Camera RAW CS6:
O que a camera viu, o Camera Raw corrigiu e eu dei aquela afinada no carinho!!!
Conclusão:
1) O Auto WB pode ser um ponto de partida e, NÓS, podemos afinar melhor no Camera Raw, mesmo que a matriz tenha sido feita em JPEG (que tem menos informações do que um RAW).
2) Que a função “Long Exposure Noise Reduction” (está no menu da camera “Custom Functions – C.Fn 02/on), ajuda SIM!.
3) Que a medição MATRICIAL é a mais indicada em situações onde há sombra e luz pois estabelece uma média aproximada que melhoramos em poucos passos no Camera Raw.
4) Que as lentes que acompanham os kits podem dar bons resultados se bem estudadas e aproveitadas.
5) Que o homem sempre pode ser melhor do que a máquina!!! E é para isso que estou aqui ao lado dos Fotodgnianos … para fazer a galera acreditar que é possível melhorar aquilo que os automatismos nos dão!!!
Abração, Galera!!!!!!!! Tamu juntu!!! Samu Curinthia!!! É NÓIS!!! :-)